"OS JOVENS E A INTERNET:
REPRESENTAÇÃO, UTILIZAÇÃO, APROPRIAÇÃO"
17/07/02
Investigação realizada pelo Instituto de Estudos Jornalísticos
Faculdade de Letras, Universidade de Coimbra (Portugal)
em colaboração com
Centro de Investigação Media e Jornalismo (CIMJ-Portugal),
Université Catholique de Louvain (Bélgica),
Université de Sherbrooke (Québec-Canada),
Université de Montreal (Québec-Canada),
Universidad de Granada e Universidad de Huelva (Espanha)
Clemi - Centre de Liaison des Moyens d'Information et de l'Enseignement (França),
Università Cattolica di Milano (Itália),
José Carlos Abrantes, Universidade de Coimbra (Portugal)
Coordenador da investigação internacional
Jacques Piètte, Université de Sherbrooke (Québec-Canada),
Isabel Ventura e Elsa Augusto Rodrigues
Esta investigação foi financiada, na componente nacional,
pelo Serviço de Educação da Fundação Calouste Gulbenkian e pelo Instituto de Inovação Educacional
Agradeço a todos os que contribuíram para esta investigação, nomeadamente
* os colegas Évelyne Bévort e Isabelle Breda (Clemi), Thierry De Smedt (Université Catholique de Louvain-Bélgica), Jacques Piette et Christian-Marie Pons (Université de Sherbrooke (Québec-Canada), Luc Giroux (Université de Montréal-Canada), Pier Cesare Rivoltella (Università Cattolica di Milano - Italia), e Mariano Sanchez e Juan Miguel Aguedad (Universidad de Granada e Universidad de Huelva-Espanha);
* Às Dras Isabel Ventura e Elsa Augusto Rodrigues que tiveram um contributo decisivo na análise e interpretação dos dados;
* À Presidente do Instituto de Inovação Educacional, Dra Maria Emília Brederode Santos * Ao Director do Serviço de Educação da Fundação Calouste Gulbenkian, Dr Manuel Carmelo Rosa e ao Director Adjunto, Dr Cardoso Alves;
* À Directora do Instituto de Estudos Jornalísticos (IEJ), Professora Doutora Isabel Vargues * Ao Presidente do Conselho Directivo da Faculdade de Letras, Professor Doutor Francisco Oliveira * Á Dra Manuela Santos e senhor Carlos Duarte do IEJ;
* Ao Dr Mário Mesquita que me incitou a apanhar as rotas de Coimbra e de Louvain-la-Neuve, dois pontos fulcrais deste trabalho;
* Ao Professor Doutor Rui Cádima, Director do Observatório da Comunicação;
* Aoa Drs Luís Queirós e António Berger,da Marktest;
* Aos Drs António Granado e Gustavo Cardoso pela indicação de algumas fontes úteis;
* Às Dras Cristina Ponte e Anabela de Sousa Lopes por alguns comentários a parte do texto e, pela mesma razão, ao Dr. Telmo Gonçalves;
* Aos alunos que responderam ao inquérito e aos que foram entrevistados;
* A Manuel Esperança, Presidente do Conselho Executivo da Escola Secundária José Gomes Ferreira, Lisboa
* A Jaime Pires, Presidente do Conselho Executivo da Escola Secundária Camões, Lisboa
* Ao Conselho Executivo da Escola Marquesa de Alorna, Lisboa
* A Manuel Gouveia, Vice-Presidente do Conselho Executivo da Escola Secundária José Falcão, Coimbra
* Ao Conselho Executivo da Escola E,B 2,3 Martim de Freitas, Coimbra
* A Maria Augusta Jorge Mendes, Presidente do Conselho Executivo da Escola Secundária Infanta D. Maria, Coimbra
* Ao Dr Helder Santos, Presidente do Conselho Executivo da Escola Básica Silva Gaio
* Ao Dr. Paulo Martins da Escola Infanta D. Maria
* À Dra Maria Margarida Campos, da Escola Silva Gaio;
* Às Escolas envolvidas e que não puderam depois ser incluídas na análise, nomeadamente Dr José Maria Teixeira, Presidente do Conselho Executivo da Escola Secundária Diogo de Gouveia * À Drª Teresa Félix da Escola Secundária de Moura * Ao Conselho Executivo da Escola Secundária de Miranda do Douro * Ao Dr Fernando Gomes, Vice-Presidente do Conselho Executivo Escola Secundária Camilo Castelo Branco de Vila Real * À Drª Maria Alice Rocha, Presidente do Conselho Executivo da Escola Secundária Morgado de Mateus de Vila Real * À Escola Básica do 2º e 3º ciclo Mário Beirão, de Beja;
* À Dra Teresa Spranger, da Escola Maria Veleda, bem como ao Conselho Executivo e grupo de alunos dessa escola.
INDÍCE
1. O QUE É A INVESTIGAÇÃO "OS JOVENS E A INTERNET”? página 6
2. CONTEXTO DA INVESTIGAÇÃO página 10
2.1. A Internet em Portugal e na União Europeia 11
2.2. As escolas onde foi realizada a investigação 14
3. REPRESENTAÇÃO página 22
3.1. O que pensam os jovens da Internet 23
3.2. O que pensam os jovens sobre a tecnologia da Internet 27
3.3. O que pensam os jovens dos conteúdos da Internet 30
3.4. O que pensam os jovens da Internet (comparação com os livros, a televisão e a escola) 37
3.5. O que pensam os jovens sobre o futuro da Internet 39
4. UTILIZAÇÃO página 45
4.1.UTILIZAÇÃO GERAL
4.1.1.
Quantos jovens utilizaram a Internet? 46
4.1.2. Com que frequência a utilizaram? 46
4.1.3. Em que local a utilizaram pela primeira vez? 47
4.1.4. De quando data a primeira utilização? 50
4.1.5. O que fazem os jovens quando estão na Internet? 51
4.1.6. Que conteúdos escolhem? 54
4.1.7. Como navegam os jovens? 57
4.1.8. Quais são as fontes de informação que usam para as consultas? 65
4.1.9. Que convivialidade? 69
Síntese-Utilização 71
4.2. UTILIZAÇÃO EM CASA página 73
4.2.1. Quantos jovens tem acesso a Internet em casa? 74
4.2.2. Quem são os jovens que têm acesso à Internet em casa? 75
4.2.3. Desde quando têm esse acesso e qual o tipo de ligação? 75
4.2.4. Com que frequência se servem e quantas horas passam na Internet? 78
4.2.5. Que fazem os jovens na Internet? 81
4.2.6. Que conteúdos visitam? 82
4.2.7. Como navegam? 83
4.2.8 Quais são as fontes de informação que usam para as consultas? 84
4.2.9. Qual a atitude dos pais? 85
4.2.10. Com quem utilizam a Internet? 88
4.2.11. Qual o local de consulta, em casa? 89
4.2.12. Quem utiliza mais a Internet? 90
4.2.13. Quais são as motivações de utilização? 90
4.2.14. Quais são as repercussões desta nova prática? 91
4.2.15. Fazem-se amigos na Internet? 96
Síntese-Utilização em casa 97
4.3.UTILIZAÇÃO NA ESCOLA página 101
4.3.1. Quantos adolescentes já usaram a Internet na escola? 102
4.3.2. Com que frequência se utiliza a Internet na escola? 105
4.3.3. Em que contextos se utiliza a Internet na escola? 107
4.3.4. Quais são as motivações da utilização da Internet na escola? 109
Síntese-Utilização na escola 112
5. CONCLUSÕES DA INVESTIGAÇÃO EM PORTUGAL página 114
6. COMPARAÇÃO INTERNACIONAL página 126
7. ANEXOS 142 Entrevistas página 143 Inquérito 202 Guide pour la conduite des entrevues 223
“Internet est un réseau de communication planétaire, mais sa pratique, sa réalité en pleine évolution sont, (…), les produits de l’action humaine dans des conditions historiques données.”
Manuel Castells
1. O que é a investigação "Os jovens e a Internet"?
1.1.1. Em Outubro de 1998 o Instituto de Estudos Jornalísticos (IEJ) da Faculdade de Letras da Universidade de Coimbra participou numa reunião realizada no Centre de Liaison des Moyens d’Information et de l’Enseignement (Clemi), em Paris, sobre o projecto de investigação "Os jovens e a Internet." A investigação, que nascera na Universidade de Sherbrooke, no Canadá, estava a ser alargada a outros países francófonos: França, Bélgica e Suíça.
A presença de Portugal levantou a questão da eventual extensão da investigação a alguns países latinos (Portugal, Itália e Espanha) tendo os elementos presentes (Jacques Piétte, da Universidade de Sherbrooke/Canadá), Évelyne Bévort, do Clemi/França e Thierry De Smedt, da Universidade Católica de Louvain/Bélgica) acordado nessa extensão.
1.1.2. Em Maio de 1999 veio a realizar-se nova reunião, em Paris, em que estiveram presentes, além do autor deste documento, os mesmos participantes, bem como o investigador italiano, Pier Cesare Rivoltelle, da Universidade Cattolica di Milano, e ainda dois investigadores da suíça francófona. O investigador espanhol, Mariano Sanchez, da Universidade de Granada, não esteve presente mas veio posteriormente a ter contactos, no Canadá, com a equipa orientadora da investigação.
1.1.3. O objectivo do projecto foi o de traçar um retrato dos jovens face ao desenvolvimento da Internet. Esse retrato inclui uma componente nacional e uma outra componente internacional, comparativa, dada a participação de vários países.
1.1.4. A investigação foi conduzida por três questões centrais:
• Qual a representação que os jovens têm da Internet? Importa avaliar a imagem da Internet, quer os jovens sejam utilizadores, quer não. A investigação procurou medir o impacto do discurso social, escolar ou familiar na representação que o jovem tem da Internet e nos seus m odos de utilização.
• Qual a utilização efectiva que os jovens fazem da Internet? Tratou-se de verificar as condições concretas de utilização (frequência, duração, lugar, enquadramento, condições de acesso, etc) bem como determinar as modalidades e tipos de utilização.
• Como é que se verifica a apropriação da Internet, pelos jovens? Trata-se de precisar o grau e tipo de integração nos hábitos de vida dos jovens. Em que medida, por exemplo, o acesso à Internet modifica, enriquece ou altera comportamentos sociais, modos de aprendizagem, hábitos de consumo mediático e cultural, expectativas.
1.1.5. Um dos elementos de recolha de dados foi um inquérito cuja matriz tinha sido trabalhada inicialmente no Canadá e já então havia sido aplicada a cerca de mil alunos canadianos. Esta matriz foi discutida na reunião de Maio de 1999, tendo sido feitas algumas adaptações e modificações para ter em conta especificidades de cada país. A versão final, enviada por Jacques Piette a todos os investigadores, foi traduzida em português (Documento 2. Inquérito). Uma versão foi depois testada com um grupo de jovens da Escola Maria Veleda, antes de ser aplicada no terreno.
1.1.6. A investigação foi realizada em escolas de Lisboa, Coimbra, Vila Real, Miranda do Douro, Beja e Moura. No entanto, embora os questionários tenham sido passados em todas essas localidades no meses iniciais do ano 2000 (em Janeiro e Fevereiro) , apenas foi possível, para a análise, ter em conta os dados de Lisboa e Coimbra pois, nos outros países, escolheram-se apenas duas cidades para a análise da situação.
Depois de ponderação, optou-se por Lisboa e Coimbra pois uma das obrigações comuns a todos os países era a de não fazer incidir o estudo em escolas com uma integração das tecnologias extremamente avançadas nem em escolas de potencial tecnológico muito fraco. A opção escolhida, embora discutível, procurou olhar para aquilo que considerámos então como pólos aceitáveis para uma investigação que não pode considerar-se, uma investigação quantitativa com pretensões de representatividade nacional. Esta escolha pode explicar alguns dados que poderão estar inflacionados, dado a análise se ter situado apenas em Lisboa e Coimbra.
1.1.7. Os alunos deviam ser escolhidos entre os que tivessem entre 12 e 17 anos, o que, no caso português, implicou a escolha de turmas do 7º, 8º, 9º e 10º, 11º anos. Constituíram-se assim 5 níveis
Nível 1 – 13 anos
Nível 2 – 14 anos
Nível 3 – 15 anos
Nível 4 – 16 anos
Nível 5 – 17 anos
Ficaram assim de fora os jovens de 18 anos ano isto dada também a exigência de comparação internacional.
1.1.8. Outro instrumento de investigação utilizado destinado a captar, de forma mais fina, a realidade que se pretendeu investigar, foi a entrevista semi-estruturada com alguns dos alunos que responderam aos inquéritos. Nos anexos encontra-se um guia para a realização das entrevistas que foi preparado por Jacques Piette e utilizado por todos.
1.1.9. Os dados quantitativos dos inquéritos de todos os países foram tratados na Universidade de Sherbrooke com evidentes vantagens de economia de custos e de aplicação de critérios comuns.
Esses dados, bem com os dados qualititativos, foram depois objecto de análise e interpretação em cada país. A Universidade de Sherbrooke enviou também a todas as equipas documentos para normalisar a pesquisa (instruções de preenchimento dos inquéritos, a já referida sugestão de guião para as entrevistas, bem como uma lista de entrevistados segundo certos critérios).
1.1.10. Importa ainda precisar que a investigação que apresentamos não se refere à observação de práticas dos jovens mas sim às praticas declaradas pelos jovens, no inquérito e nas entrevistas.
2. CONTEXTO DA INVESTIGAÇÃO
2.1. A Internet em Portugal no ano 2000
2.2. As escolas onde foi realizada a investigação
Se compararmos com a União Europeia (embora em 2001, por não dispormos de dados para 2000) vemos que apenas um dos países que entrou na investigação – a Bélgica – ultrapassa a média da União Europeia, na percentagem da população que utiliza a Internet, sendo que a França iguala essa média. Também se reproduzem, no interior da União Europeia, as desigualdades Norte-Sul apontadas a nível mundial.
Utilização da Internet na União Europeia, 2001
% da população que utiliza
|
% |
Dinamarca |
71,2 |
Bélgica |
49,o |
União Europeia |
40,6 |
França |
40,6 |
Espanha |
36,6 |
Itália |
35,4 |
Portugal |
30,3 |
Fonte, Eurobarómetro, Flash 103, Junho 2001
Tabela 1
Utilização da Internet em casa na União Europeia, 2001
% da população que utiliza
|
% |
Suécia |
55,o |
União Europeia |
30,9 |
Belgica |
49,o |
França |
22,0 |
Itália |
30,3 |
Espanha |
18,7 |
Portugal |
18,7 |
Fonte, Eurobarómetro, Flash 103, Junho 2001
Os dado de utilização de que dispomos são bastante mais elevados para a consulta domiciliária pois os jovens que declaram usar Internet em casa ultrapassam os 40%. Lembremos que tratámos dados apenas em escolas de Lisboa e Coimbra, escolas com algum equipamento informático, sendo provavelmente também a sua localização no interior das cidades explicativa de um predomínio de classes medias, mais estáveis economicamente e, por isso, mais predispostas a investigar no computador e na internet como equipamento doméstico. No entanto, nas entrevistas, ouvimos alguns casos de jovens com famílias operárias ou de serviços pouco qualificados revelarem terem já computador e, nalguns casos, terem mesmo acesso à internet ou terem uma expectativa forte de a vir a ter em breve. Trata-se de um sector que revela uma expansão fortíssima: basta acentuar que os utilizadores da internet, em 1999, seriam 2% e em 2001 seriam já 30%. Por outro lado, se analisarmos a evolução de utilização segundo os escalões etários, podemos perceber que 54% dos jovens entre os 15 e os 19 anos utilizavam a internet em 200o (subindo para 72% em 2001). Na faixa dos 40-49 anos apenas 10% utilizava em 2000 ou apenas 4% dos mais de 50 sabiam o que era utilizar a internet nesse ano. Nas entrevistas foi-nos possível verificar ser muito grande a pressão que os jovens que não dispõem de internet em casa faziam sobre as famílias para estas se equiparem, quase sempre com argumentos de necessidade para os estudos . Isto quer dizer que pode pôr-se como hipótese que o crescimento de utilização da Internet no domicílio se esteja a verificar sobretudo nos lares com jovens, sendo por isso o crescimento geral do país bastante menor do que o que se revela na faixa etária dos jovens estudantes.
Evolução dos utilizadores da Internet em Portugal
por escalão etário
% da população que utiliza
|
2000 |
2001 |
15-19 anos |
54 |
72 |
20-24 anos |
45 |
58 |
25-29 anos |
34 |
45 |
30-39 anos |
17 |
26 |
40-49 anos |
10 |
16 |
+ de 50 |
4 |
7 |
Total |
22 |
30 |
Fonte, Mata, 2002
Tabela 3
Uma das dificuldades que a investigação encontrou foi a de não poder fazer a investigação a partir de uma única escola, pois, quse sempre os escalões étários abrangidos estavam dispersos por mais do que uma escola. Excepção foi a Escola José Gomes Ferreira.
1.2.1. As escolas de Lisboa
1.2.1.1. Escola Secundária José Gomes Ferreira de Lisboa
No início chamou-se Escola Secundária de Benfica. Por exigência da população da zona, abriu as portas antes da completa execução do projecto. Corria o ano de 1980 e a escola inaugurou sem a cantina, ginásio e laboratórios.
A escola tinha, no ano lectivo de 1999-2000, 126 professores para 1052 alunos.
Da situação inicial de falta de recursos passou-se para um panorama considerado razoável pelo presidente do Conselho Executivo: 52 computadores, oito dos quais com ligação à internet. Os computadores estão à disposição dos alunos no CRE (Centro de Recursos Educativos), que conta igualmente com aparelhos de reprodução de música e biblioteca. A divulgação das potencialidades da sala é feita no início de cada ano lectivo através dos directores de turma. Os limites da utilização são ditados pelo bom senso. A prioridade são sempre os trabalhos escolares, mas caso não haja ninguém à espera de lugar podem fazer-se visitas aos locais virtuais, das 8:50 às 12:15 e das 13:15 às 17:15, todos os dias da semana, sempre sob o olhar atento da vigilante, que controla os acessos. A liberdade termina nas páginas cujos conteúdos possam ser considerados perigosos: a pornografia, por exemplo.
A instituição tem uma baixa taxa de retenções e Manuel Esperança, o Presidente do Conselho Executivo, caracteriza a comunidade estudantil como pertencente à classe média-alta.
Ratio computadores por aluno: 1 052:52= 20 alunos por computador
Ratio computadores com acesso à internet por aluno: 1 o52: 8 = 132 alunos por computador
1.2.1.2. Escola Ensino Básico 2,3 Marquesa de Alorna
Esta escola situa-se em Lisboa, no Bairro Azul e acolhe alunos sobretudo das freguesias de S.Sebastião da Pedreira, Nª Senhora de Fátima e Campolide.
Esta escola teve um papel histórico na implementação dos Centros de Recursos, tendo sido criado nos meados dos anos 80.
O CRE está aberto todos os dias &u